Os cabelos são um capítulo especial do verão e
protagonizam um pesadelo que aterroriza muitos frequentadores de piscinas.
Um grande fantasma para essas pessoas é pensar
que o cloro deixa suas madeixas esverdeadas e ressecadas. Na verdade, na maioria
das vezes, os cabelos ressecados ou manchados são reflexos de falta de algumas
precauções e, sobretudo, de sanitização inadequada da água das piscinas.
Segundo o doutor José Carlos
Greco, especialista em tratamento de cabelos e membro das Academias Americana,
Européia e Brasileira de Dermatologia, a principal proteína do cabelo, a
cisteína, contém enxofre. Ao se combinar com alguns metais presentes nas águas
tratadas, essa substância química produz um sal que os faz aderir aos fios de
cabelo, alterando sua cor para tons esverdeados. Esse resultado se acentua
quando os cabelos são claros.
“O tratamento da água da piscina é fundamental
para o controle de eventuais contaminantes, como fungos e bactérias,
principalmente em épocas de uso mais intenso”, lembra o Dr. Greco. O problema
tende a aumentar de proporção quando a água contém excesso de produtos, podendo
causar irritação dos olhos e das mucosas, devido à alteração do pH da água, que
deve ser sempre semelhante ao pH fisiológico da pele (entre 7,2 e 7,6).
A fim de minimizar o problema, a pessoa deve
tomar uma ducha de água doce depois de sair da piscina, para que o sol não ajude
na fixação de elementos indesejados no cabelo.
O Dr. Greco recomenda aos seus pacientes o uso
de um xampu anticoloração, manipulado à base de bi-sulfato de sódio, substância
capaz de sequestrar os metais impregnados no cabelo.
É importante medir sempre que possível o nível
de alcalinidade total e o pH da água, ajustando-os se necessário. A alcalinidade
deve estar entre 80 e 120ppm e o pH entre 7,2 e 7,6, o pH baixo resseca os fios,
devido a acidez da água.
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